quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

O Mundo- um sistema Anti Cristo


No Estudo Vida de Gênesis é visto que as sementes da verdade divina são plantadas e se desenvolvem até serem colhidas em Apocalipse. Isso é verdade em relação a tudo no Livro de Gênesis, não sendo diferente, portanto no que diz respeito ao Mundo. Para ter uma visão clara sobre o que é o Mundo, descrito nas escrituras sagradas, e como este se originou, é necessário voltar-se à origem- Gênesis.
Muito embora o irmão Lee possa ter falado de maneira bem sólida sobre as quatro quedas consecutivas do homem no livro de Gênesis (do capítulo três até a metade do capítulo 11 de Gênesis), nas mensagens do Estudo vida em si não há descrição sobre a formação do mundo, sendo abordado de maneira mais detalhada no Livro: A experiência de Vida. Neste é mostrado que segundo a bíblia o homem necessita de provisão, proteção e prazer e que estes ele encontraria em comunhão com Deus. Entretanto, após a segunda queda do homem em
Caim, vemos que ele edificou um mundo no qual a provisão, a proteção e o prazer não eram mais encontrados em Deus e sim no mundo edificado por essa descendência de Caim. O símbolo daquele mundo antigo foi uma cidade chamada Enoque. Neste período, o homem tornou muito perverso e não mais vivia pela consciência. A partir do capítulo seis de Gênesis vemos que o homem tornou-se extremamente mal. Para lidar com aquele mundo antigo, Deus julgou-o com águas de dilúvio.
No entanto, mesmo após o dilúvio, a natureza independente que havia sido injetado em Adão continuou e até mesmo desenvolveu-se, sendo necessário Deus lidar com essa rebeldia que havia se manifestado na forma de violência e corrupção entre os homens. Para tanto, Deus estabeleceu que a partir dali o homem teria autoridade sobre outro homem. Ficou assim estabelecido o governo humano. O desenvolvimento da queda do homem teve os seguintes passos: O homem caiu da Comunhão com Deus para consciência- Caiu da consciência para o governo humano- E por fim caiu do governo humano para rebelião contra  a autoridade no universo, Deus.
Como cabeça daquela rebelião instigada por satanás, existe uma figura por nome Ninrode. É intrigante que o nome Ninrode vem da raiz “marad” e significa: “ele se rebelou”. Alguns estudiosos do hebraico dizem que literalmente Ninrode significaria: “vamos nos rebelar”, na 1ª pessoa do plural. Ninrode era poderoso caçador diante do Senhor, o que a primeiro momento possa parecer algo positivo, no entanto ao ser examinado à luz do que a bíblia mostra ser grande, perceber-se-á que não é nada positivo, pois as pessoas e coisas que levam esses adjetivos são na verdade muito negativo, pois Deus se agrada dos pequeninos e ele até mesmo chama o seu povo de pequeno rebanho. No livro de 2ª Coríntios o Senhor disse a Paulo que seu poder se aperfeiçoa na fraqueza. No antigo testamento o Senhor diz claramente que ele se agrada do humilde e quebrantado de espírito. Assim conclui-se que tal adjetivação sobre ser grande não é nada positivo e sim uma indicação implícita de que o “eu” do homem constitui-se uma grande afronta ao próprio Deus.
Ninrode iniciou um reino- Babel. Ele foi um tipo do anticristo. Enquanto Deus tenciona edificar o seu Reino, o diabo também edifica o seu próprio reino através dos homens rebeldes. Ninrode foi poderoso caçador de homens; caçadores de homens são escravagistas. Ninrode foi o fundador de Babilônia, a primeira cidade com muralhas. Mostrando uma profunda rebeldia a Deus, Ninrode chefiou a construção de uma cidade e de uma torre. A torre era a tradução de tudo que se passava naquele coração em oposição a Deus. A torre de Babel era um “zigurate”. Zigurates eram torres, geralmente com 7 andares, que eram construídas para adoração do céu e seus astros. A torre de Babel serviu de modelo para todos os zigurates da antigüidade. A astrologia já existia nessa ocasião; carta astral, prognósticos através dos astros, não são coisas modernas, são práticas muito antigas. Os zigurates eram construídos para adoração do céu, consulta à lua, ao sol, às estrelas. Por isso vemos constantemente as expressões “deus sol”, “deusa lua”. Na verdade esse reino edificado por Ninrode foi constituído com tudo que se ver na era atual, mesmo que de maneira inicial.
Ao analisar-se a história da humanidade, a partir da quarta queda do homem, será fácil detectar que todas as coisas que há no mundo são verdadeiramente contra Deus. Exemplos como comemorações anuais, que vão desde comemorações individuais, tais quais aniversários, bem como comemorações coletivas como Páscoa e Natal, todos terão inevitavelmente uma só origem: Babel. Todas essas comemorações têm em comum a simbologia presentes que na modernidade é vista simplesmente como parte integrante das assim chamadas “festas”.
Alguns podem questionar dizendo que simplesmente comemorar a data em que nascemos é algo não pecaminoso. De fato é não pecaminoso, mas por trás desta simples comemoração está toda uma simbologia que remonta ao costume das nações, sendo estas originadas em Babel, ou seja, no mundo contrário ao amor do Pai. O costume do aniversário foi na verdade iniciado pelos gregos, com o costume de acender velas nos bolos redondos de mel em forma de lua, na verdade uma adoração à deusa Ártemis, figura que nada mais é que Semíramis, esposa de Ninrode e que teve um filho por nome Tamuz. Segundo a lenda babilônica ele havia sido concebido de maneira miraculosa, pois o seu suposto pai, Ninrode já havia falecido. Na verdade essa lenda é uma falsificação de satanás na tentativa de levar os homens a acreditarem ser ele o descendente da mulher, profetizado em gênesis 3:15.
Ninrode verdadeiramente edificou um reino. Este é o reino do mundo, do qual o diabo na verdade é o seu príncipe. Entretanto, o diabo não se apresenta diretamente ao homem, pois se assim o fizesse, a maioria o rejeitaria, antes ele utiliza uma máscara que é o mundo. O diabo se disfarça com a máscara do mundo levando o homem a tornar-se uma criatura totalmente independente de Deus.  
Claro que o Deus poderoso lidou com aquela rebelião em Babel e desceu e confundiu a língua, vindo com isso originar as nações. Todas essas nações formadas em Babel têm em si o mesmo elemento independente e rebelde. No entanto é razoável que tudo que fora constituído em Babel, pelos povos que de lá se originaram se espalhou por todas as nações que se seguiram e percebe-se isso presente na cultura reinante em todo. É óbvio que nas novas culturas que se originaram ainda estavam presente o inicialmente formado em Babel e, portanto se culminará todo o sistema desse mundo no que Apocalipse chama de a “a grande babilônia”. O que seria a grande babilônia, senão um sistema mundial, desenvolvido pelas nações formadas a partir de Babel? Certamente será um sistema no qual o anticristo vindouro encabeçará tudo, mas ainda hoje é um sistema anticristão. Muitos cristãos não percebem isso e ainda depositam certa esperança neste mundo, nesta era. Sendo enganados na esperança de que haverá algum tipo de melhora num mundo que jaz no maligno. Mas é necessário perceber que todo esse sistema tem um príncipe regente que já foi julgado por Deus com a morte vicária de Cristo na cruz. Ele morreu não apenas para perdoar os nossos pecados, mas também para nos desraigar deste mundo, incluindo política, cultura, religião. Nada temos a ver com essas questões e como povo do Senhor, como a igreja de Deus, precisamos cada vez mais sair da grande Babilônia com sua confusão.
Todos os filhos de Deus, como pessoas que verdadeiramente tiveram novo nascimento e, portanto são filhos da verdade e da luz, assim como Deus é luz e verdade, e por esta razão devem andar tanto na verdade como na luz que se opõem ao Mundo. Que o Senhor possa nos conceder graça e nos iluminar, no sentido de cada vez mais nos purgar tudo o que não é ele próprio. E que seja Ele próprio a nossa provisão, proteção e prazer!
Em Cristo, Cícero Márcio da Hora Nascimento.

*Obs: Na próxima postagem será reproduzido mensagens do ministério do irmão Lee e Nee que tratam do Mundo.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

A Bíblia como sendo o Falar de Deus

Temos de fazer algumas suposições. A primeira é que Deus existe.Ele é um Ser que tem um propósito...
Em segundo lugar, vamos admitir que Deus tenha o desejo de revelar-se ao homem. De que maneira, então, Ele o faz? Como Ele pode dar-se a conhecer a nós? Se Deus nos falasse por meio do trovão ou escrevesse por meio de relâmpagos, não seríamos capazes de compreender Sua mensagem. Como, então, Ele se faz conhecido a nós?
 Se Ele quer revelar-se, Ele necessariamente deve fazê-lo por meios humanos. Quais são, então, os meios comuns de os homens comunicarem-se uns com os outros? Primeiramente, eles o fazem pela fala e, em segundo lugar, pela escrita. Todos os meios de comunicação quer sejam o telégrafo, o telefone, sinais ou símbolos, estão todos incluídos nessas duas categorias. Se Deus quer manifestar-se, esses devem ser os únicos meios para fazê-lo. Por ora, deixaremos de lado o aspecto da fala; veremos como Deus se comunica conosco por meio da escrita.
 Se Deus se revela pela escrita, de todos os livros escritos por diversas pessoas através dos séculos, deve haver um livro que seja divinamente inspirado. Esse é o teste mais decisivo. Se existir tal livro, ele provará não apenas a existência de Deus, mas também Sua revelação escrita para nós. Será que existe tal livro divinamente escrito?
 Na busca por tal livro, mencionemos primeiramente alguns princípios básicos. Suponha que eu deseje encomendar um livro de uma editora. Se puder dizer-lhes o nome e o autor do livro, não haverá problema para encontrá-lo. Se, entretanto, eu me esqueci do nome do livro ou de seu autor, poderia descrever à editora as características da obra, como o conteúdo, formato, cor, encadernação etc. A editora, então, procuraria entre todos os seus livros e localizaria o volume que eu quero. Ora, Deus tem um livro neste universo. Como o encontrar?Precisamos primeiramente conhecer todas as características que ele deve ter, e, então, baseados nessas qualificações, poderemos selecioná-lo.
Quatro Qualificações
Deixe-me apresentar alguns teoremas. Se há um livro escrito por Deus, antes de tudo ele deve mencionar Deus. Deve dizer que seu autor é Deus. Essa é a primeira qualificação. Em segundo lugar, esse livro deve ser de padrão moral mais elevado que o comumente conhecido. Se ele for algo forjado, poderá, quando muito, ser do mesmo nível que o homem. Em terceiro lugar, se tal livro divino existe, ele deve falar-nos do passado e do futuro deste mundo. Somente Deus conhece claramente o que ocorreu no passado e o que ocorrerá no futuro. Em quarto lugar, esse livro deve ser simples e disponível, de maneira que todos possam adquiri-lo e entendê-lo. Se houvesse apenas um único exemplar desse livro no mundo, então pouquíssimas pessoas seriam capazes de vê-lo. Nos Estados Unidos há um grupo de pessoas que reivindicam ter um livro de Deus. Ele está gravado em ouro e contém apenas doze páginas. Tal livro, então, não seria acessível aos chineses. Deus jamais nos escreveria um livro que não pudéssemos encontrar.
A questão agora torna-se mais simples. Vamos repetir uma vez mais essas quatro condições. 1) Se tal livro existe, ele tem de dizer-nos explicitamente que seu autor é Deus. 2) Ele deve conter um elevado padrão moral. 3) Ele deve conter uma descrição detalhada do passado e do futuro do universo. 4) Ele deve ser disponível. Dessa maneira, tomemos alguns dos escritos mais importantes da civilização humana e confiramos com essas quatro qualificações para ver se algum deles satisfaz nossas exigências.
Bons Livros
Começaremos pelos livros normalmente considerados bons. Tomemos os clássicos chineses de Conffúcio. Esses estão imediatamente desqualificados pela primeira exigência, pois nenhum deles diz ter sido escrito por Deus. Eles têm um elevado padrão moral, mas deixam de dar a origem e o destino do mundo. Isso não quer dizer que sejam livros imprestáveis, e, sim, que não contêm as qualificações que buscamos.
Vamos, então, para os clássicos de outras culturas. Há inúmeras obras famosas, mas nenhuma delas passa pelo primeiro teste. Todas elas são claramente escritas pelo homem. Elas podem ser obras-primas de filosofia e moral, mas não são divinamente inspiradas. Temos, então, de colocá-las de lado.
Há um livro na Índia chamado Reveda. Esse livro já dominou o budismo. Todavia, ele não reivindica ter sido escrito por Deus.
Outro livro chamado Zinveda, escrito por um persa chamado Gorosta, também é extremamente influente no Oriente Médio. Esse livro também não diz ter sido originado por Deus. Além do mais, seu padrão moral não é recomendável.
 Vejamos o Alcorão dos muçulmanos. Esse é o mais próximo que podemos encontrar. Ele nos diz que vem de Deus, e, portanto, satisfaz a primeira exigência. Entretanto, ele não preenche o segundo requisito, pois seu padrão moral é muito baixo. O céu que ele descreve é cheio de concupiscência e carne. Deus jamais poderia escrever um livro com tal licenciosidade e imoralidade.
Um Único Livro
 Depois de pesquisar todos os livros, você finalmente tem de chegar à Bíblia. Se Deus deseja comunicar-se com o homem, e se Ele quer fazê-lo por escrito, então esse é o único livro que pode passar nos quatro testes. Portanto, esse deve ser o livro que Deus tem para o homem. Que diz esse livro? Nos livros das leis, no Antigo Testamento, pelo menos umas quinhentas vezes ele diz: "Assim diz o Senhor". Outros livros do Antigo Testamento repetem essa frase umas setecentas vezes. Além disso, há no Novo Testamento mais de mil lugares onde essa frase é mencionada. Simplesmente olhando para esse fato, vemos que esse livro tem mais de duas mil reivindicações de origem divina. Se Deus não tem intenção de comunicar-se com o homem, podemos esquecer esse livro. Mas se Ele comunica-se com o homem por meio da escrita, então esse livro tem de ser de imenso valor. Poderá você outro livro que afirme tantas vezes que Deus é o seu autor?
 Temos de ver se a Bíblia satisfaz a segunda qualificação. Vejamos seu padrão moral. Todos aqueles que estudaram esse livro confessam que ele tem o mais elevado padrão moral. Até mesmo os pecados das pessoas mais nobres são registrados sem misericórdia. Certa vez, um forte opositor da Bíblia ouviu a seguinte pergunta de seu filho: "Por que você tem de ser tão forte contra a Bíblia?" Ele respondeu: "Se eu não condená-la, ela me condenará”.Esse livro não nos deixa facilmente à vontade. O conceito humano é que todos os atos sexuais fora do casamento são considerados fornicação. A Bíblia, entretanto, diz que até mesmo um pensamento maligno é tido como fornicação. A moral humana condena como homicídio o ato de matar, mas a Bíblia condena como homicídio até mesmo o ódio no coração.
 Se um homem deixa seu inimigo ir sem vingar-se, isso consideramos como perdão. Mas a Bíblia exorta o homem a amarseu inimigo. Quão elevado é seu padrão moral e quão baixos somos diante dele! Você não pode negar que ela apresenta o melhor código de ética para a humanidade.
Passado e Futuro
Além disso, esse livro descreve-nos detalhadamente o passado e o futuro do universo. Certa vez, um amigo disse-me que podia crer em tudo o que a Bíblia diz, exceto em Gênesis e Apocalipse onde a Bíblia fala da origem e do destino dos céus e da terra. Eu lhe disse que, se ela é de fato um livro de Deus, ela necessariamente deve conter certos assuntos. Se a Bíblia não tivesse Gênesis e Apocalipse, teríamos de procurar outro livro; ela não seria o livro que procuramos. Mas tudo isso está aqui. Portanto, a terceira exigência também está cumprida.
 Qual é a circulação desse livro? No passado (1935) foram vendidas mais de duzentos milhões de cópias. Você poderia citar qualquer outro livro com uma circulação tão alta? Além do mais, a estatística não se limita apenas ao ano passado; ano após ano o número tem sido aproximadamente o mesmo. Por um lado, esse livro é muito popular, por outro, ele é como um espinho em sua mão; ele espeta você. Esse livro causa-lhe dores de cabeça. Ele provoca uma inquietação indizível no interior do homem. A Bíblia até faz com que o homem se oponha a ela. A despeito disso, sua venda anual ainda é superior a duzentos milhões de exemplares.
Além disso, esse livro está traduzido para mais de setecentas e vinte línguas. Em todos os países, entre todas as raças, há uma tradução desse livro inigualável. É extremamente fácil obter-se a Bíblia em qualquer parte do mundo. Se o Reveda é um livro de Deus, então pelo menos mais da metade do mundo pereceria por não conseguir obtê-lo. E mesmo que você colocasse o Reveda em minhas mãos, eu ainda seria incapaz de entendê-lo. Se somente os instruídos é que podem contatar Deus, então estou destinado a ir para o inferno. Se apenas os indus têm a oportunidade, nós, os chineses, assim como todas as demais raças, não temos nenhuma esperança. Se Deus fala por meio do Reveda, onde, então, podemos encontrar tal livro? Talvez apenas possamos encontrar o original no Museu de Londres. E mesmo ele poderá não conter o significado original da revelação de Deus para o homem.
Um Livro Completo
Isso não é tudo. A Bíblia contém sessenta e seis livros e é dividida em Antigo e Novo Testamento. Ela foi escrita por não menos de trinta pessoas. O período desde quando foi escrito o primeiro livro até que o último foi terminado é de mais de mil e seiscentos anos. Os locais onde tais livros foram escritos foram os mais diversos. Uns foram escritos em Babilônia, outros na Itália, alguns em algum ponto da Ásia Menor, outros na outra extremidade do Mediterrâneo. Além disso, os próprios escritores diferem bastante em formação. Uns eram escribas, outros eram pescadores, havia príncipes e pastores. Todos esses escritos feitos por homens de formações, línguas, ambientes e épocas diversas, estão reunidos num único livro. E o impressionante é que esse ainda é um livro completo.
Todos os que já tiveram uma experiência editorial sabem que para se reunir alguns artigos escritos por autores diferentes, é necessário que esses autores tenham um nível compatível de pontos de vista e de realizações acadêmicas. Mesmo quando o padrão acadêmico e os pontos de vista são parecidos, ainda haverá conflitos e contradições quando você reúne cinco ou seis artigos. Mas a Bíblia, embora complexa em seu conteúdo, contendo história, poesia, leis, profecias, biografias e doutrinas, e tendo sido escrita por tantas pessoas diferentes, em épocas diferentes e sob circunstâncias diferentes, quando você reúne tais escritos, eles compõem, surpreendentemente. Um único volume. Não há conflitos nem contradições. Eles são escritos "de um fôlego".
A Mão de Deus
Se ler cuidadosamente a Bíblia, você terá de admitir que a mão de Deus está por trás de todos os escritos. Mais de trinta pessoas, com ideias e formações diversas, de épocas e lugares diferentes, escreveram esses sessenta e seis livros. Quando você os reúne, eles se encaixam de tal maneira, como se tivessem sido escritos por uma única pessoa. Gênesis foi escrito mil e quinhentos anos antes de Cristo e Apocalipse noventa e cinco anos depois de Cristo. Há um espaço de tempo de mil e seiscentos anos. Um fala do princípio, enquanto o outro projeta-se para o fim do mundo. Todavia, tudo o que começa em Gênesis é concluído em Apocalipse. Essa característica surpreendente não pode ser explicada com palavras humanas. Cada palavra da Bíblia tem de ser escrita por Deus, por intermédio do homem. Deus é o motivador por trás de toda a composição.
Morrer pela Bíblia
 Há outra característica marcante a respeito da Bíblia. É um livro que, em si mesmo, dá vida. Entretanto, um número incontável de pessoas morreu por causa dele. Houve uma época que, quem quer que tivesse esse livro em suas mãos, seria executado imediatamente. O império mais poderoso da história foi o Império Romano. Houve uma época na qual esse império reuniu todas as suas forças para destruir esse livro. Todo aquele que possuísse tal livro seria desumanamente perseguido e, mais tarde, executado ou queimado. Eles eliminaram milhares de pessoas e queimaram inúmeras cópias da Bíblia. Eles erigiram um monumento no lugar onde mataram os cristãos. Sobre esse monumento havia a seguinte inscrição: "O cristianismo foi enterrado aqui”. Eles pensavam que quando tivessem queimado todas as Bíblias e eliminado todos os cristãos, poderiam ver o cristianismo jazendo sob os pés deles. Mas veja! Não muito depois daquilo, a Bíblia tomou a voltar. Até mesmo na Inglaterra, que já aceitara o cristianismo como sua religião estatal, se visitar determinados lugares ali, você ainda poderá encontrar tumbas de mártires por amor a Cristo. Aqui e ali você pode encontrar lugares onde a Bíblia foi queimada. Ou pode passar por uma lápide que diz que tal pessoa esforçou-se ao máximo e escreveu tantos livros em sua vida na tentativa de opor-se à Bíblia. Em outro lugar você pode ver a estátua de um martírio.
 Por que tantas pessoas esforçaram-se tanto para opor-se a esse livro? Por que será que os homens não se importaram com outros livros, mas se opuseram a esse, com cada fibra de seu ser, ou então entregaram toda sua vida por causa dele? Deve haver algo extraordinário aqui. Mesmo que não creia que essa é a Palavra de Deus, você tem de admitir que há algo incomum com esse livro.
Não lhe Deixará à Vontade
 Esse livro parece ser muito simples e fácil. Se você considerá-lo do ponto de vista histórico, ele simplesmente conta a origem do universo, da terra, das plantas, dos seres humanos, de como eles estabeleceram seus reinos e, por fim, como eles terminarão. Isso é tudo. Não há nada de especial nisso. Entretanto, ele tem sido manuseado geração após geração, através dos séculos. Hoje, ele ainda está conosco. Além do mais, se você não confessar que ele é a verdade, você terá de concluir que ele é falso. Há muitos livros que você pode ignorar, mas não esse. Ele tampouco irá ignorá-lo. Ele não lhe deixará à vontade, mas exigirá uma decisão sua. Ele não ignorará você.
O Cumprimento da Profecia
Outra coisa marcante sobre esse livro é que quase a metade dele é profecia. Entre as profecias, quase a metade delas já se cumpriram. A outra metade diz respeito ao futuro e aguarda cumprimento. Por exemplo, ele predisse o destino das nações de Moabe e Amom, das cidades de Tiro e Sidom. Hoje, quando as pessoas falam de grandes cidades elas mencionam Londres e Xangai. Naquela época eram Tiro e Sidom. Elas eram as duas principais cidades do mundo antigo. As profecias sobre essas duas cidades foram todas cumpridas. Certa vez,estive no Oriente Médio e, devido a determinadas circunstâncias, não visitei esses dois lugares. Entretanto, comprei duas fotos dessas cidades. Fiquei perplexo quando vi as fotos. Não pude deixar de crer na Bíblia. Fora profetizado que se as duas metrópoles não se arrependessem, elas seriam destruídas e devastadas. Suas terras tornar-se-iam montanhas de pedras e de seixos, onde os pescadores viriam para secar suas redes. Naquelas fotos que comprei, não havia nada senão barcos de pesca e redes estendidas na praia. Esse é um pequeno fato que comprova a credibilidade da profecia bíblica.
 A Bíblia também menciona um rei que um dia foi procurado por um profeta de Deus. Foi-lhe dito que ele seria levado cativo para Babilônia. Mais tarde, outro profeta disse-lhe que ele não veria Babilônia. Ele pensou que, já que não veria aquela terra, com certeza não seria levado cativo para lá. Assim, ele sentiu-se à vontade. Um dia, o rei de Babilônia, repentinamente, veio e cercou a cidade. O rei foi capturado e levado cativo para Babilônia. Mas antes que fosse levado, seus olhos foram vazados. Ele, de fato, foi levado para Babilônia sem ver aquela terra e as profecias foram rigorosamente cumpridas. Se você comparar todos os acontecimentos passados com as profecias na Bíblia, descobrirá que aqueles concordam com estas. Como outro exemplo, tome o nascimento de Cristo. Centenas de anos antes de Cristo vir, Isaías profetizou: "Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho". Mais tarde, Ele de fato nasceu da virgem Maria. A profecia foi rigorosamente cumprida. Assim como as profecias do passado foram cumpridas, as profecias referentes ao futuro também o serão.
Achado
 Vimos que, se Deus deseja comunicar-se com o homem, Ele tem de fazê-lo por meio dos canais comuns de comunicação humana. Ele tem de utilizar-se da linguagem humana. Em outras palavras, tem de existir no mundo um livro que seja a revelação direta de Deus. Se tal livro existe, ele deve conter os quatro critérios que mencionamos. Agora podemos dizer que tal livro foi achado. Esse livro nos diz que Deus deseja ter comunhão conosco. Deus nos fala por meio desse livro. Por meio dele, Deus já não mais é um Ser desconhecido. Agora podemos conhecê-Lo. Esse livro é a Bíblia. Espero que todos vocês o leiam.

FONTE: NEE, WATCHMAN- O Sentido da Vida, cap. 2, 6ª. ed., trad. port; São Paulo, novembro de 1994.


quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Sobre o Blog

Faz-se necessário esclarecer que os assuntos que serão abordados aqui, referem-se ao entendimento espiritual, cristalizado, que os filhos de Deus receberam durante os vários séculos após a Bíblia ter sido completada como sendo a revelação do que Deus tenciona realizar e que estava oculto Nele mesmo, desde os séculos e das gerações.
Sob essa perspectiva, é fundamental a percepção, como filhos de Deus, pessoas que receberam um novo coração, de que a vida cristã é, antes de qualquer coisa, uma vida de dependência, primeiramente de Deus, depois uns dos outros. Por isso mesmo, Paulo ao escrever a epístola aos Filipenses, especialmente no capítulo dois, usa como exemplo a vida do próprio Senhor Jesus, para tentar expor aos crentes de Filipos que eles deveriam se submeter uns aos outros, considerando-os cada um aos outros superiores a si mesmos. Portanto, entende-se que o mencionado em Fp. 1:27, sobre lutar juntos pela fé evangélica, é muito significativo e só há uma maneira de isso ser possível: “estar firmes em um só espírito, com uma só alma”. Para se tornar realidade é indispensável ter o mesmo tipo de pensar que houve também em Cristo Jesus, “a mente de escravo”.
Portanto, todos os que foram verdadeiramente regenerados, precisam lidar com as peculiaridades, maneira de pensar, que é característico de cada um, mas que pode torná-los divisivos, facciosos, sectários. Estes “traços” não foram características encontradas no Senhor Jesus, pois Ele, como o Deus eterno, tinha em Seu poder escolher ser independente, mas Ele trilhou o caminho da dependência ao Pai. O Senhor foi tão dependente no Seu viver humano, que mesmo para nascer, Ele buscou o caminho de depender, nascendo numa manjedoura em Belém, dependendo daqueles a quem fora confiada à tutela humana do Senhor. Dá para imaginar, o próprio Deus que se tornou carne, escolher esse tipo de vida? Dependendo de José e Maria, para ser conduzido de um lado para o outro? Mas foi exatamente esse o modelo que todos os filhos de Deus precisam aprender deste inigualável, que não buscou ser grande, mas dependeu do Pai e do Seu arranjo soberano.
Outro fato intrigante, é que o Senhor Jesus não escreveu nada. Alguns ousam a dizer que Ele não sabia ler e escrever. Entretanto, não há base bíblica alguma sobre tal afirmação, pois os hebreus são um povo que sempre primaram pela questão do saber ler e escrever. Além disso, está claramente registrado no Evangelho de Lucas, 4:17, que o Senhor leu uma passagem do livro de Isaías. Mas por que então o Senhor não escrevera nada? Não teria o Senhor capacidade para tal? Certamente Ele era totalmente capaz, quando viveu Sua humanidade. A pergunta a ser feita é, qual lição poderemos aprender disso? Algo básico que deve ser percebido no estudo das escrituras é que, no que diz respeito às biografias dos personagens bíblicos, o falar registrado de Deus é tão importante quanto o silêncio de Deus. Vemos isso claramente no viver de Abraão, especialmente ao ter aceitado a ideia de Sara em conceber através de sua serva Hagar um filho. Após aceitar tal proposta, a Bíblia registra, propositadamente, que Deus calou-se por treze anos, sem aparecer novamente para Abraão, mostrando implicitamente que Ele não aprovara tal atitude. Assim, compreende-se que até mesmo no silêncio, Deus está falando.
Várias pessoas têm questionado sobre a inspiração da Palavra Sagrada, argumentando ser esta escrita por homens e não diretamente pelo próprio Deus. E até mesmo enquanto estava na carne, o Senhor também não escrevera nada, apenas ensinou transmitindo verbalmente suas palavras, sem, contudo, Ele próprio registrar palavra alguma. Mas, mais uma vez deve-se questionar, por quê? É imprescindível crê que, no que diz respeito ao Senhor Jesus, tudo vivido por Ele baseou-se no princípio de que resolveu voluntariamente tomar o caminho inverso que o Seu inimigo tomou, ou seja, o da humilhação, da dependência. Então, baseado neste princípio, o Senhor escolheu o caminho de transmitir ao Seu povo, bem como à toda a terra, o Seu desejo através dos homens que O seguiram em vida, sendo exceção Paulo e Lucas. De fato, o Deus Eterno é infinitamente sábio e Ele transmite seus princípios, não simplesmente ensinando com palavras, mas Ele próprio tomou a liderança em viver tal vida que é totalmente dependente do Pai.
No entanto, o seu inimigo, com sua vida independente, injetou no homem a sua natureza, levando o homem a tornar-se independente de Deus, e após a queda, tornou-se a regra básica do mundo, que jaz no maligno, a independência. Até mesmo entre os filhos de Deus, as várias divisões que resultaram no cristianismo de hoje são na verdade fruto dos assim chamados “ministérios”, que procuram fundamentar suas divisões em uma linha de interpretação própria, que pode parecer bíblica, mas o seu resultado mostra-se justamente o contrário ao que o verdadeiro ensinamento deve produzir, ou seja, a unidade. É notório, que as várias divisões são resultado de uma estratégia de Satanás em fragmentar e arruinar o Corpo de Cristo, através de opiniões que muitas vezes são conflitantes umas com as outras e não se constituem a linha central de interpretação adequada do propósito de Deus, revelados na Bíblia, pois se assim o fosse não geraria divisão entre os filhos de Deus.
Como fora dito acima, os filhos de Deus precisam perceber que são pessoas que devem seguir o modelo deixado pelo próprio Senhor Jesus, que é o caminho da dependência do Pai, como registrado nos evangelhos, e a partir do livro de Atos, dos membros do Seu Corpo. Isso é visto especialmente após Sua ascensão com a ordem aos discípulos para que permanecessem orando em Jerusalém, até que do alto fossem revestidos de Poder. Por um lado Ele iria executar. Mas por outro Ele dependia que um grupo de pessoas na terra orasse para que sua vontade fosse cumprida. Por um lado Ele é todo suficiente, mas para cumprir o seu propósito Ele necessita do Seu prosseguimento aqui na terra, a igreja.
Após a igreja ser gerada, a qual tem Cristo como cabeça, Ele próprio constituiu cada membro com uma função, tornando-os Seu Corpo, sendo que ao constituir os membros desse único Corpo, ele reafirmara mais uma vez o princípio da dependência, Dele como a Cabeça, mas também uns dos outros. E o mais interessante é que ao estabelecer a função, Deus coordenou os seus membros, colocando-os no Corpo, tendo cada um função e limites específicos de atuação, restando, portanto, para a própria existência do Corpo, a dependência mútua, além da necessidade de uma consciência do limite de atuação de cada parte. Paulo ao escrever aos coríntios deixa bem claro essa questão, argumentando com eles que nem todos tem a mesma função e mostrando que ele próprio, como alguém que seguia a Cristo, tinha consciência de seu limite de atuação dentro do Corpo de Cristo.
Assim sendo, faz-se necessário para que Deus cumpra definitivamente o seu propósito que é produzir e ter O Corpo de Cristo edificado, e que os seus filhos, como membros desse Corpo, percebam o seu limite e esfera de atuação e, portanto, possam atuar dentro desse limite de função, atuação. O problema é: desde o primeiro século da era cristã, muitos dos filhos de Deus têm sido enganados pelo inimigo, de maneira sutil, levando-os a extrapolar esse limite de atuação, sendo especialmente verdade, ao ser analisada a quantidade de literatura falando a respeito da Pessoa de Cristo, que especificamente, foram produzidas pelos assim chamados pais da igreja. Isso certamente causou muita perturbação entre os filhos de Deus e trouxe muitos danos aos que não tinham discernimento, levando-os a abandonarem o ensinamento saudável dos apóstolos, sem o qual não é possível haver edificação do Corpo de Cristo (Ef.2:20).
A não edificação do Corpo é um grande mal que as várias fontes de ensinamentos, que nascem do ego independente de Deus e do Corpo, terminam produzindo na igreja de Cristo. Se tirássemos no primeiro século os que a si mesmos se declaravam apóstolos, e não eram, e por consequência ensinavam diferentemente da linha central da economia de Deus, não haveria problemas no que diz respeito aos membros do Corpo de Cristo serem desviados para tantas outras coisas além de Deus. O inimigo de Deus realmente causou muito dano, por meio do ego, que se manifestou em várias fontes de ensinamentos, levando muitos a caírem na artimanha do diabo e na tentação de querer ser algo, ou propor algo, apresentando aos santos como sendo a “verdade”. No entanto, Deus é soberano, e a sua revelação foi completada, sendo o Novo Testamento concluído. E muito embora tenha levado três séculos até que houvesse um reconhecimento por parte dos líderes entre o povo de Deus de quais eram os livros que constituiriam a sua santa palavra, ainda assim é necessário crê que tudo estava debaixo da soberania de Deus.
 Hoje existe a Bíblia, a palavra de Deus. Mas mesmo assim existe um sério risco, de que muito embora tenhamos a mesma Bíblia, contudo ela poderá não ser igual para todos, no sentido de haver várias linhas de interpretações, sendo estas surgidas no decorrer dos séculos, após o reconhecimento da inspiração divina por parte dos seus filhos. Sendo assim, em realidade perdura o mesmo problema dos primeiros três séculos da era cristã, entre os seus filhos. Por isso, é importante ir diante do Pai e fazer a oração feita por Paulo em Efésios, “para que Deus ilumine os olhos de nosso coração, e nos conceda espírito de sabedoria e revelação no pleno conhecimento de Cristo”. Pois o diabo, mais uma vez poderá cegar os crentes e introduzir uma série de ensinamentos que no lugar de edificar, poderá causar os mesmos danos causados à igreja nos primeiros séculos, sendo estes os vários ensinamentos, que ainda que fossem bons, não constituíam a linha central da economia de Deus e tinham origem no fato de muitos não terem consciência do seu limite de atuação dentro desse Corpo.
Alguns acreditam que uma vez que exista a Bíblia, não é necessário nenhum tipo de interpretação feita por homens, pois sendo o Espírito Santo o autor, ele mesmo esclarecerá diretamente aos seus filhos, a interpretação de sua palavra. No entanto, sendo o Espírito Santo um, por que tantas divisões existem então no cristianismo? Sendo uma mesma Bíblia, por que tantas divisões no cristianismo? Seria essa a vontade do Espírito? Certamente não. Os que afirmam tais palavras de que não é necessário que ninguém nos ajude a interpretar adequadamente a palavra de Deus levam em consideração as palavras de João em sua primeira epístola, que diz que não é necessário que ninguém ensine a respeito de nada, mas que a unção que permanece, ensina a respeito de todas as coisas. No entanto, desconsideram a palavra do próprio Senhor Jesus ( Mt. 28:19), em seu comissionamento aos discípulos ordenando-os a fazer discípulos ensinando e batizando, e também as de Paulo, que comissiona Timóteo dizendo que o que da parte dele ouviu, isso mesmo ele deveria transmitir a homens fiéis e idôneos para que eles pudessem transmitir a outros (2ª Tm 2:2). Mais uma vez está implícito o princípio de dependência, pois os que ouviram deveriam ser fiéis, no sentido de não acrescentar nada, e muito menos retirar. Poucos percebem a respeito desta questão tão crucial e por isso dão pouca importância ao fato de que se deve reconhecer que Cristo dotou alguns, na era da igreja, com capacidades próprias, estabelecendo Apóstolos, que quer dizer enviados, no sentido de anunciar os desígnios de Deus, como uma espécie de “embaixador” de Cristo, com vistas a edificação do Seu Corpo.
Esta questão é tão séria que ao realizar uma análise histórica da igreja, não pode ser negado que em períodos diferentes Deus sempre levantou, ou pode-se dizer “enviou”, alguns para que transmitissem o seu falar, constituindo, portanto o falar de Deus para todo o seu povo, e qualquer um que quisesse está em conformidade com o desejo de Seu coração tinha que atentar para o Seu “ministro”, alguém que representava o líder maior, Cristo. Isso foi verdade em relação a Paulo, posteriormente João, seguindo com muitos até aos precursores da reforma protestante, destacando-se o John Huss, que fora condenado pelo tribunal da Inquisição católica, e logo após Lutero, Calvino e John Wesley, como três “apóstolos” notáveis dentro da reforma. E em cada um desses, Deus avançava no sentido de “restaurar” a interpretação adequada das escrituras sagradas, que fora perdida no decorrer do período conhecido como “idade das trevas”. É inegável o avanço que houve nesse período singular da história da igreja, conhecido como Reforma Protestante! Que benção foi ter sido restaurada a verdade da justificação pela fé, defendida por Martinho Lutero! No entanto o falar de Deus prossegue e no século XIX, Deus levantou um grupo de irmãos, conhecidos como os irmãos de Plymouth, destacando-se entre eles a figura de John Nelson Darby, o qual dedicou toda a sua vida no estudo das escrituras e foi verdadeiramente um “enviado”, restaurando muitas verdades, e dentre elas a interpretação adequada sobre o dispensacionalismo. A essa época os que haviam sido levantados, se posicionavam firmemente contra a divisão, mas que por conta de vários ensinamentos terem surgido, terminaram se dividindo.
 No entanto Deus não parou de enviar seus apóstolos, sempre comissionando alguns dentre o Seu povo, no sentido de transmitir o Seu falar, e no século XX levantou Watchman Nee na China Continental, que seguiu o mesmo princípio de depender, se apoiando sobre outros que vieram antes dele, dando continuidade ao que poderia ser chamado de uma “corrida de bastão”, na qual aquele que o recebe tem a obrigação de seguir adiante, sem desconsiderar os outros que o precederam. E de maneira muito prevalecente, o Senhor trouxe grande bênção à Sua igreja, falando, ministrando através de Watchman Nee. A essa altura, Cristo já havia restaurado muitas verdades que, muito embora estivessem na bíblia, mas que estavam “veladas”. É justamente para isso que entra a figura do apóstolo, como alguém que recebe o comissionamento de Deus, levando “luz” tão necessária para iluminação com vistas à visão daquilo que muito embora esteja presente, mas pode ainda está oculto, por conta da falta de “luz”. Watchman Nee foi grandemente usado por Deus durante a primeira metade do século XX, “restaurando” e focando seu ministério em duas questões: A experiência pessoal dos crentes com Cristo; bem como a unidade prática da igreja. Todo o falar de Deus por meio de Watchman Nee sempre foi nesse sentido e pode ser observado isso em sua vasta obra de publicação.
No entanto, após sua prisão na China Continental, sendo martirizado, por não negar sua fé, o Senhor soberanamente conduziu um dos Seus filhos, que recebera o “bastão”, nessa “grande corrida” da era da igreja, para levar adiante todas as verdades “restauradas”, através da pessoa de Witness Lee. A vida e obra tanto de Whatchman Nee, bem como de Witness Lee pode ser visto no site, disponível em língua portuguesa, a seguir: http://www.lsmportugues.org
Assim sendo, fique bem claro que a administração deste blog, buscará em todas as suas postagens, sobre os diversos assuntos que serão expostos aqui reproduzir, no sentido de utilizar trechos de passagens em livros compilados através da Editora Árvora da Vida, que no passado tinha autorização do Living Stream Ministry em publicar títulos de livros de autoria de Witness Lee, bem como de Watchman Nee, mas que foi tirado, conforme esclarecimento contido no endereço: http://www.lsmportugues.org/eadv-pr.html .
Será utilizado este tipo de material como fonte, pelo simples fato de a administração deste blog entender que dentre as várias literaturas e autores cristãos, os que apresentaram maior fidelidade ao pensamento das escrituras e trouxe maior "luz" nos últimos cem anos foram àquelas verdades expostas pelo Watchman Nee, bem como por Witness Lee. A direção também entende que eles são verdadeiramente ministros de Cristo na era presente. Isso não quer dizer que este blog não reconheça outras fontes de estudo como sendo genuínas, contudo para que não tenha mais de um “som de trombeta”, no sentido de vir a confundir o “exército de Cristo”, a Sua igreja, adotaremos como fonte apenas estas.
Além disso, não é intenção deste blog se colocar como concorrente e usurpar os direitos autorais do Living Stream Ministry sobre os títulos citados. A proposta é simplesmente de disponibilizar aos crentes buscadores uma visão panorâmica de diversos assuntos e como estes dois últimos servos expuseram doutrinariamente. Assim sendo, a direção deste blog procurará ser fiel ao máximo aos textos, e não exporá fragmentos de maneira isolada, para que leve o leitor a ter uma compreensão clara sobre cada assunto a ser abordado.